Dia 09 de junho de 2019. Campo Grande – MS – Brasil.
Carta 1: Para Giovana Papacosta, de GP.
Esta primeira carta eu direciono a mim, a partir de
várias palavras anteriores de Deus para mim, eu preciso escrever relembrando
que em tudo eu devo PERSEVERAR.
Por muitas vezes Deus deixou claro que eu devia
perseverar e, por um tempo, eu caí, afastei daquilo que eu busco em minha vida:
a presença constante e genuína de Deus em minhas horas, instantes, segundos.
Afastei preferindo os prazeres da carne, os prazeres que o meu corpo pedia. Fiz
coisas das quais me arrependo profundamente, pois me afastaram de Deus ao ponto
de eu perceber que Ele já não estava comigo. Quando isso aconteceu, entrei em
depressão, quis sair do mundo, deixar de existir. Quando eu percebi que eu me
afastei Dele ao ponto de não conseguir mais percebê-Lo em mim, eu já não sabia
mais o que fazer.
Todos meus pensamentos se tornaram de morte, tudo que eu
queria era morrer. Já não via sentido no existir, no respirar, em continuar
nesse mundo. Propósitos de vida, sonhos para realizar, amar meus amigos, minha
família, pareciam coisas irreais e insuficientes para o que eu antes considerei
vida.
Percebi que o que eu acreditava ser VIDA, eu já não
tinha. Percebi que eu já estava MORTA. Respirava, fazia as coisas que são da
existência comum de um ser humano. Comia, bebia, saia com amigos, beijava,
dançava, assistia televisão, netflix, youtube, mexia nas redes sociais,
escrevia artigos para o mestrado, terminava o mestrado e, ainda assim, estava
totalmente MORTA.
Eu percebi que estava Morta. Eu sabia que estava Morta.
Eu entendia o que era a Morte que eu estava vivendo. Eu tinha ciência do ar que
eu respirava nessa morte. Eu realmente sabia que eu havia me afastado da vida e
cometido suicídio.
Algumas pessoas, talvez vivas (não sei), tentaram me
orientar em buscar ajuda e não me matar. Porém, elas não sabiam e não
perceberam que eu já estava Morta. Por não perceberem, não conseguiram me
orientar, me aconselhar. Não sabiam que por eu já estar morte, eu precisava de
vida.
ENTÃO, algo aconteceu. Em minha morte convivi com pessoas
vivas e pessoas também mortas. E, talvez algo de vida que ainda estava próximo
de mim, a máquina que ainda me fazia respirar, me fez perceber outras pessoas
que estavam mortas. Porém, diferente de mim, essas pessoas além de estarem
mortas, não tinham a ciência de sua morte. Elas ainda estão mortas, inclusive.
Então, aquilo que eu considero VIDA, a verdadeira VIDA, me
fez perceber que pessoas que eu amo (parece que eu não estava totalmente morta
e eu ainda sabia amar), estavam mortas.
Logo, a VIDA me trouxe de novo o fôlego que eu precisava.
A máquina foi desligada, pois eu voltei a respirar o fôlego de vida.
Voltei a Viver.
Mas, assim como pessoas que tiveram experiência com quase
morte, ou com a própria morte, eu não queria mais viver como eu tinha vivido
antes da minha experiência com a Morte. Eu precisava e preciso viver diferente,
aproveitando totalmente a vida que há em mim. É um Novo Fôlego de vida, uma
NOVA VIDA.
EU MORRI E A VIDA ME TROUXE DE VOLTA.
Estou VIVA e Vivendo. Estou Viva porque JESUS ME TIROU DA
MORTE.
Mas, Ele me ressuscitou para eu mostrar a Vida aos meus
próximos que eu vi mortos. Eu os vi mortos quando eu estava semelhante a eles,
Morta. Creio até que Jesus me permitiu viver a morte, estar com outros mortos,
para além de VIVIFICAR MEU ESPÍRITO, REAVIVAR O MEU AMOR NA ALMA. Meu corpo
Glorificado, só no Céu. Mas, meu Espírito Vivificou (outrora Morto) e minha
alma Reavivou (outrora fria).
Hoje busco o que Deus (meu Papai) havia me pedido:
Perseverar.
Não acho uma tarefa fácil, inclusive, muito difícil.
Antes, buscarei orientação de como o fazer e, ainda, buscar a vida hora a após
hora, orando, jejuando, sacrificando meus prazeres. Eu experimentei a MORTE (do
Espírito e da Alma), eu experimentei os pensamentos de Morte (para matar o
corpo físico), e conheci um pouco mais da Vida (Vida plena apenas em Jesus, a
água da Vida, da qual se eu tomar, eu nunca mais terei sede).
Assim, buscando
perseverar, quero não mais ferir ao corpo do qual sou parte. Não quero adoecer
o corpo de Cristo, antes, quero ajudar a vivificá-lo, assim como eu fui
vivificada. E nesse sentido, preciso sim escrever as cartas que estou me
propondo a escrever.
Da mesma forma que um dos exemplos que Deus me deu, do
meu irmão, filho do Papai, Paulo. Quero ir ter com cada um dos
amigos/cidades/igrejas às quais Deus me instruir a escrever cartas, mas, se
hoje sou orientada a escrever, escreverei. Quando Ele me orientar a ir, irei.
Se Deus me trouxe de volta a vida, primeiro pelo
sacrifício de Jesus (meu irmão e Noivo), depois pelo Espírito Santo que Ele
deixou habitando em mim, para fazer a “reanimação” necessária ao meu corpo e
continuar na caminhada dando todo direcionamento e orientação que preciso e,
ainda, com a ajuda de outros irmãos meus (o corpo de Cristo aqui na terra, que
posso citar a Sileni, e minha mamãe, irmão e vovó); eu também sou corpo e estou
aqui para ser usada pelo meu Papai.
Não quero meus amigos mortos, antes quero que eles
experimentem a vida que eu voltei a experimentar. Para isso, preciso
perseverar. Preciso da água constante de Jesus, preciso do alimento diário na
palavra (por mais que seja doce ao paladar e amargo ao meu estômago) e preciso
ouvir a Voz de Deus diariamente, pois tudo isso me orientará nas escritas de
orientação e direção aos meus irmãos, filhinhos do meu Papai.
Antes eu escrevia a mão, mas hoje a orientação é já
escrever direto pelo computador. Parece impessoal, uma máquina. Mas, amém.
Escrevi um pouco de como Deus me trouxe de volta a vida,
a fim de ser exemplo de que Deus ressuscita os mortos (em alma, em espírito, em
corpo). Primeiramente para reacender a chama em mim, seguindo para reacender as
chamas apagadas em vocês que leem.
Jesus é Vida (óbvio então que está VIVO).
O Espírito Santo é nossa orientação diária, pois
intercede por nós até mesmo com gemidos inexprimíveis (não sabemos orar por nós
mesmos).
E Deus, o Papai, está livremente pronto para falar com
cada um de nós. Peço a Ele que fale com todos vocês, assim como fala comigo.
Espero que todos nós comecemos a escrever cartas UNS PARA
OS OUTROS. Somos corpo, o corpo todo precisa se comunicar. Cada membro, cada
órgão, cada célula, cada molécula. Então, precisamos nos comunicar uns com os
outros. Afinal, mesmo que cada um tenha sua função, sua missão, seu modo de
trabalhar, Todos nós estamos nos locomovendo para o Mesmo Lugar: A JERUSALÉM
CELESTIAL.
Fim
da Carta 1.